Podemos considerar um dia fresco no fim de junho. Rudy, para usar de um eufemismo, estava enfurecido. Quem é que Liesel Meminger pensava que era, a lhe dizer que tinha que ir sozinha levar a roupa lavada e passada nesse dia? Ele não era bom o bastante para andar na rua com ela?
- Pare de reclamar, Saukerl - repreendeu a menina. - É só que eu me sinto mal. Você vai perder o jogo.
Ele olhou por cima do ombro.
- Bom, se é assim que você diz - e veio um Schmunzel, um sorriso. - Dane-se a sua roupa lavada.
Saiu correndo e não tardou a se juntar a um time. Quando Liesel chegou ao alto da Rua Himmel, olhou para trás, bem a tempo de vê-lo parado em frente à baliza improvisada mais próxima. Estava acenando.
- Saukerl - riu a menina, e, ao levantar a mão, soube perfeitamente que, ao mesmo tempo, ele a chamava de Saumensch. Acho que isso é o máximo que as crianças de onze anos podem se aproximar do amor.
(A Menina que Roubava Livros)
21 de janeiro de 2009
Saukerl&Saumensch
Rabiscado por Stella Mariano às 09:12